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Este blog está a ser desenvolvido por alunos do 3º Ano de Farmácia, do Instituto Politécnico de Bragança, no âmbito da Unidade Curricular Farmacoterapia I. Neste espaço pretendemos abordar, ao longo do semestre, informação útil acerca de Infecções Fúngicas, nomeadamente as suas caracterizações patológicas e respectivos tratamentos farmacológicos.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Infecções Fúngicas Subcutâneas

Cromoblastomicose


Também conhecida como Cromomicose, é provocada, geralmente, por fungos pigmentados (demaciáceos) dos géneros Fonsecaea, Cladosporium, Exophiala, Cladophialophora, Pialophora. Este tipo de infecção é mais comum nos trópicos, onde o calor e o ambiente húmido associado a falta de calçado e vestuário apropriado predispõem as pessoas à inoculação directa do solo infectado.
Exophiala jeanselmei, Fonsecaea pedrosoi, Cladophialophora bantiana
  • Sintomatologia
Uma infecção fúngica crónica, envolvendo pele e subcutâneos, caracterizada pelo desenvolvimento de nódulos ou de placas verrugosas de crescimento lento. A maioria das infecções ocorre em homens e envolvem os braços e pernas. No entanto, existem outros locais menos frequentes de aparição de nódulos como ombros, pescoço, tronco, nádegas, face e orelhas.

Cromoblastomicose manifestada no pé de um paciente
  • Diagnóstico
Os característicos nódulos e placas verrugosas permitem ao médico suspeitar de que uma pessoa sofre de cromomicose.
O diagnóstico é confirmado quando são encontradas células muriformes acastanhadas, numa precessão mais superficial, e quando os fungos causais estão presentes, numa precessão mais detalhada. O diagnóstico poderá ser mais demorado, pois ainda não existe nenhum teste serológico para esta doença.

  • Tratamento farmacológico
O tratamento com terapia antifúngica específica é, muitas vezes, ineficaz, devido ao estágio avançado da infecção no momento do diagnóstico. O itraconazol e a terbinafina são muitas vezes associados a flucitosina para um tratamento mais eficaz.


  • Tratamento não farmacológico
A aplicação de calor ou a crioterapia local também se demonstrou eficaz, ao passo que a cirurgia não é indicada devido ao risco de desenvolvimento recorrente dentro da cicatriz. 

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