É um antibiótico macrólido, de origem natural, produzido por Streptomyces nodosus. Pode ter acção fungicida ou fungistática, dependendo do microorganismo e da sua concentração. Utilizada apenas em ambiente hospitalar.
É activa contra Candida albicans, Histoplasma capsulatum, Aspergillus sp.
i Mecanismo de Acção
i Farmacocinética
É pouco absorvida por via oral e utilizada para a desinfecção do tubo digestivo. Possui forte ligação às proteínas plasmáticas, distribui-se amplamente pelo organismo, incluindo a placenta mas atinge baixas concentrações no líquido cefalo-raquidiano (LCR). É eliminada pela urina, principalmente sob a forma de metabolito, aparecendo este na urina por um longo período de tempo. Parte desta também é eliminada por via biliar.
i Reacções Adversas
o Febre e calafrios
o Comprometimento renal
o Hipotensão
o Anemia
o Efeitos neurológicos
o Tromboflebite
o Hipocalemia
É um fármaco triazol, que apresenta um espectro de actividade mais amplo e um perfil de reacções adversas mais favorável, quando comparado, por exemplo, com o cetoconazol.
É um fármaco de eleição para o tratamento da blastomicose. É eficaz, contrariamente ao cetoconazol, no tratamento da histoplasmose associada à SIDA. Também é eficaz no tratamento da Aspergilose, Coccidiodomicose e Candidemia.
i Mecanismo de Acção
Inibe a síntese do ergosterol na membrana do fungo.
i Farmacocinética
É bem absorvido por via oral e a presença de alimentos aumenta a sua biodisponibilidade. Apresenta alta ligação às proteínas plasmáticas, distribuindo-se bem pela maioria dos tecidos, incluindo os ossos, expectoração e tecido adiposo. No entanto, não atinge o líquido cefalo-raquidiano.
É amplamente metabolizado no fígado. Uma pequena quantidade de fármaco inalterado aparece na urina, pelo que não é necessário reduzir a dose na insuficiência renal.
i Reacções Adversas
o Distúrbios digestivos
o Erupções cutâneas
o Hipocalemia
o Hipertensão, edema e cefaleia
o Elevação das enzimas hepáticas (transaminases)
o Possiveis ginecomastia (crescimento anormal das mamas nos homens) e impotência
i Contra-indicações
o Gravidez e aleitamento
o Insuficiência hepática
o Neuropatia periférica
i Interacções medicamentosas
1) Com fármacos que diminuem a absorção do itraconazol. São eles: antiácidos, antagonistas H2; inibidores da bomba de protões; sucralfato; didanosina.
2) Com fármacos cujo efeito dos mesmos será potenciado, pois o itraconazol inibirá o seu metabolismo. São eles: varfarina; alprazolam; midazolam; triazolam; digoxina; sulfonilureias; estatinas; ciclosporina.
3) Com fármacos que induzem o metabolismo do itraconazol, ou seja diminuem os seus efeitos. São eles: carbamazepina; fenitoina; fenobarbital; rifampicina; isoniazida.
4) Com fármacos inibidores das proteases víricas (fármacos anti-virais), como o indinavir e o ritonavir, que afectam as concentrações plasmáticas de ambos.
i Posologia
ADULTOS - Via oral: 100 mg/dia; 200 mg de 12 em 12 horas, durante 1 dia no tratamento da candidíase vulvovaginal (a solução oral apresenta uma biodisponibilidade superior à das cápsulas).
Tal como o itraconazol, é um triazol.
É o fármaco de eleição para Cryptococcus neoformans, para Candidemia e para Coccidioidomicose.
i Mecanismo De Acção
Mecanismo de entrada do fluconazol na membrana do fungo |
i Farmacocinética
É administrado por via oral e endovenosa.
Possui uma excelente absorção. A sua ligação às proteínas plasmáticas é mínima. Torna-se um fármaco importante porque é capaz de penetrar no LCR estando as meninges normais ou inflamadas. É muito pouco metabolizado e é eliminado por via renal, sendo que as doses devem ser reduzidas em pacientes com função renal comprometida.
i Reacções Adversas
o Distúrbios digestivos
o Erupções cutâneas
o Efeitos teratogénicos
i Contra-indicações
o Gravidez e aleitamento
o Disfunção hepática
o Redução da posologia em insuficientes renais
i Interacções Medicamentosas
Este fármaco potencia os efeitos da varfarina, fenitoína, ciclosporina, astemizol, rifampicina, sulfamidas e hipoglicemiantes, pois inibe o metabolismo destes fármacos – já que inibe o citocromo P-450).
i Posologia
ADULTOS - Via oral: Dose inicial: 400 mg, seguida de 200 mg de 24 em 24 horas nas infecções sistémicas; 50 mg/dia, durante 2 a 4 semanas nas infecções da pele; 150 mg em dose única nas candidíases vaginais.
Via IV: Dose inicial: 400 mg, seguida de 200 mg ou 400 mg de 24 em 24 horas, nas infecções sistémicas graves.
CRIANÇAS - Via oral e IV: Dose inicial: 6 mg/kg, seguida de 3 mg/kg, 1 vez/dia durante pelo menos 2 semanas (doses até 12 mg/Kg/dia podem ser usadas na candidíase esofágica); 6 a 12 mg/kg/dia em toma única no tratamento da candidíase sistémica.
Via IV: Dose inicial: 400 mg, seguida de 200 mg ou 400 mg de 24 em 24 horas, nas infecções sistémicas graves.
CRIANÇAS - Via oral e IV: Dose inicial: 6 mg/kg, seguida de 3 mg/kg, 1 vez/dia durante pelo menos 2 semanas (doses até 12 mg/Kg/dia podem ser usadas na candidíase esofágica); 6 a 12 mg/kg/dia em toma única no tratamento da candidíase sistémica.
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