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Este blog está a ser desenvolvido por alunos do 3º Ano de Farmácia, do Instituto Politécnico de Bragança, no âmbito da Unidade Curricular Farmacoterapia I. Neste espaço pretendemos abordar, ao longo do semestre, informação útil acerca de Infecções Fúngicas, nomeadamente as suas caracterizações patológicas e respectivos tratamentos farmacológicos.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Infecções Fúngicas e Fungiformes de Etiologia Incomum ou Duvidosa

Adiaspiromicose

  • Caracterização
A adiaspiromicose (ou haplomicose ou adiaspirose) é uma doença fúngica sistémica, de localização pulmonar, na qual os microrganismos responsáveis, pertencentes ao género Emmonsia, não se reproduzem na forma tecidual.



  • Origem
A adiaspiromicose em humanos é rara, sendo prevalente em roedores. O desenvolvimento deste fungo dá-se com grande facilidade em zonas temperadas, o que justifica o facto de a adiaspiromicose ser uma infecção pulmonar.
O modo provável de infecções é por inalação dos conídios fúngicos aerossolizados pelo solo contaminado.



  • Sintomas clínicos
Os conídios de Emmonsia crescens, ao desenvolverem-se, provocam uma reacção inflamatória, de natureza exsudativo-granulomatosa, por parte do hospedeiro, cuja intensidade está relacionada com o número de conídios inalados. A reacção é individual (em torno de cada conídio), mas em exposições maciças, pode haver confluência das lesões e, desse modo, vastas áreas dos pulmões ficam comprometidas.


  • Diagnóstico
O diagnóstico da adiaspiromicose é estabelecido pelo exame histopatológico do pulmão afectado e pela identificação dos adiaconídios característicos.


  • Tratamento
Com a morte dos adiaconídios – por encerramento do ciclo vital, depois de alguns meses nos tecidos – as alterações inflamatórias declinam e começa a cicatrização. Fibrose concêntrica é o processo mais comum quando há formação de granulomas.
A regressão natural das lesões, na maioria dos casos, faz da adiaspiromicose uma infecção auto-curável, que pode mesmo passar despercebida nas formas leves, isto é, com poucos adiaconídios.

A adiospiromicose pulmonar humana é, portanto, uma infecção auto-limitada. A terapia antifúngica não é específica.

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